Património
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Igreja de N. Senhora da Assunção (Sé)
Depois de Leiria ser elevada a diocese, em 22 de
Maio de 1545, foi preocupação do seu primeiro bispo, D. Frei Brás
de Barros, a construção da nova catedral.
A primeira pedra foi colocada no ano de 1550 e, em
1574, deu-se início ao culto naquele templo.
O arquiteto da Sé foi Afonso Álvares sendo esta
a primeira grande obra do Renascimento tardio, na cidade.
Os vários bispos que se sucederam na diocese
foram fazendo acrescentos, enriquecimentos e alterações sobretudo
na fachada principal muito danificada com o terramoto de 1755.
A fachada é hoje composta por três corpos
separados por pilastras monumentais e rematadas por um frontão
triangular. Da primitiva fachada restam apenas os três frontais da
entrada, definidos por arcos de volta perfeita.
A torre sineira foi construída no século XVIII,
por iniciativa do bispo D. Miguel de Bulhões e Sousa e encontra-se
implantada sobre uma das antigas portas do castelo e, portanto,
separada do templo.
À semelhança das catedrais de Portalegre e
Miranda do Douro, a Catedral de Leiria caracteriza.se como igreja de
planta de salão renascentista.
A capela do batistério ostenta uma pia batismal
monolítica, ali mandada colocar pelo bispo D. Pedro de Castilho, no
fim do século XVI.
Na capela-mor destaca-se o cadeiral de pau-santo,
duas tribunas do século XVII e o retábulo renascentista, com quatro
painéis do pintor Simão Rodrigues.
No seguimento das naves laterais sobressaem duas
capelas: a do Santíssimo Sacramento, do lado esquerdo e a de N.
Senhora das Dores, do lado direito, atualmente ocupada pelo grande
órgão inaugurado em 1997. Nas extremidades do transepto, existem
também duas capelas: a de N. Senhora da Conceição, à esquerda e a
do Sagrado Coração de Jesus, do lado direito.
A sacristia é decorada com azulejos do século
XVII, tem um fontenário da Renascença com vários mármores da
região e o teto é decorado com belas pinturas. Também ali existe
um arcaz de pau-santo mandado fazer pelo bispo D. Dinis de Melo e
Castro
Igreja do Espírito Santo
Esta Igreja foi construída no século XVIII sobre
uma ermida dedicada ao Espírito Santo que ali existia com confraria
desde 1306 e hospital.
A confraria promovia as festas do Espírito Santo,
no domingo de Pentecostes. Nesse dia e nos dois dias seguintes,
distribuía-se aos pobres pão e carne de touros corridos.
A fachada principal, de estilo barroco é formada
por três corpos: os laterais com sinos e o central com um alto
frontão.
É um templo de uma só nave, com coro alto sobre
a entrada e tem três altares: o do Santíssimo na capela-mor e dois
laterais.
Nas janelas foram, recentemente, colocados vitrais
que representam a Criação do mundo, a Anunciação, o Batismo de
Cristo e a Descida do Espírito Santo.
Igreja de Santo Agostinho
A igreja e convento de Sto. Agostinho foram
mandados construir pelo 1.º bispo de Leiria, D. Frei Gaspar do Casal
que obteve alvará de D. Sebastião para construir um convento de
religiosos da Ordem de Sto. Agostinho a que ele pertencia, durante a
segunda metade do século XVI (1577-79) e até à primeira metade
século XVII.
Na segunda metade do século XVIII a igreja sofreu
algumas remodelações que lhe conferiram o seu aspeto atual.
Em 1834, com a extinção das ordens religiosas,
instalou-se no convento um quartel e a igreja passou a ser a capela
do regimento militar. Em 1910, a igreja veio a servir de refeitório
ao quartel. Em 1944, a igreja foi devolvida à diocese.
De estilo maneirista e barroco, a igreja, em
planta de cruz latina, tem uma única nave e está rodeada por
capelas laterais que comunicam entre si. A fachada tem dois torreões.
A frontaria modificada na segunda metade do século XVIII é composta
por três corpos separados por pilastras duplas, prolongando-se os
laterais em torres sineiras, quadrangulares e rematadas por
pirâmides.
A capela-mor é coberta por abóboda de caixotões.
Ali se encontram as lápides sepulcrais dos bispos D. Frei Gaspar do
Casal e D. Frei António de Santa Maria
No ano 2004 em que se comemoraram os 1650 anos de
Sto. Agostinho, entre as inúmeras iniciativas levadas a cabo pela
diocese, a igreja foi enriquecida com treze telas da pintora Irene
Gomes sobre cada um dos 13 livros das "Confissões”, 12 das
quais estão colocadas nas capelas laterais da Igreja, e a última,
um retábulo de maiores dimensões, na capela-mor.