Jovens: oportunidades e caminhos

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Foi no passado dia 5 de outubro que a Diocese deu início ao seu Ano Pastoral, com a realização de um Fórum, intitulado: “Jovens: Oportunidades e Caminhos”, com o principal objetivo de discutir e debater aquelas que são as grandes potencialidades e os grandes desafios dos jovens de hoje.
O dia iniciou com a apresentação de uma mensagem do nosso Bispo, D. António Marto que, por ocasião do Consistório em Roma, não pôde estar presente. Uma mensagem centrada nas grandes características dos jovens que “aprendem a pensar por si, a agir por vontade própria, a afirmar o seu Eu diante dos outros”, assumindo, por isso, a necessidade e a importância da missão dos líderes no acompanhamento dos seus jovens com paciência, com respeito pelas etapas e pelo tempo que cada um necessita, incentivando-os assim a desenvolver as suas maiores capacidades na dimensão relacional e social.
A primeira grande Conferência ficou a cargo do Padre Nuno Tovar de Lemos, jesuíta que começa por questionar a forma como se aborda o olhar sobre os jovens de hoje: ”Toda a gente pergunta qual é o creme que pomos no bolo, mas ninguém pergunta se é preciso mudar a receita”, colocando, desta forma, em causa a maneira como a Igreja trata os jovens por querer que “eles entrem em casa, mas sem querer que a desarrumem.” Nesta linha de pensamento, o orador explica que os jovens se alimentam e pensam com emoções e é, em consequência disso, missão da Igreja oferecer-lhes a hipótese e a oportunidade de descobrir a Salvação, uma vida com sentido que só esta Instituição lhes pode oferecer.
Para concluir, o padre Nuno afirma que “em vez da doutrina e da disciplina, o futuro da Igreja está na espiritualidade e na solidariedade; a parte institucional é importante, mas a comunidade é ainda mais”.
Depois desta primeira conferência, com um painel de quatro oradoras, foram discutidos alguns temas como as dependências, os desencontros geracionais, as escolhas dos jovens e a importância que estes dão à sua imagem e a influência que as redes sociais têm tido nas suas vidas e ações.
Ao início da tarde, a conferência da Dra. Teresa Messias, da Universidade Católica Portuguesa, centrada, essencialmente, no pedido que é feito hoje pelos jovens de “serem escutados pela Igreja e que esta não faça de conta que os escuta”, reconhecendo a necessidade de que a primeira atitude de qualquer atividade pastoral seja “escutar como quem aprende”. Para a oradora, “escutar é também entrar na linguagem do silêncio do outro, da não verbalidade, da distância daqueles que não responderam ao pedido que a Igreja fez de falarem com ela”.
De seguida, os participantes puderam participar em vários workshops subordinados a variadas temáticas.


O dia terminou com a Celebração da Eucaristia na Sé, presidida pelo pároco, P. Gonçalo e contou com a animação do Coro Diocesano Jovem, que estreou o Hino do Biénio, composto por Diano Costa, intitulado “Quem és Tu, Senhor?”. Esta celebração assinalou o Dia da Diocese e o início oficial do novo ano pastoral.

Mª Inês Pedro



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