Novos tempos, novos desafios…

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Chegam ao fim as actividades de mais um Ano Pastoral. Tempo de celebrar o que correu bem e repensar o que correu menos bem. Tempo de programar…
Vivemos este ano pastoral em ambiente de Festa. Fizemos memória dos últimos 100 anos da nossa história como igreja diocesana, celebrámos a alegria de sermos igreja viva, dinâmica, em caminho. Fizemos Festa. Fizemos a Festa da Fé! E agora?
Agora é hora de continuar a fazer caminho na atenção à realidade concreta em que vivemos. Somos uma igreja em missão. Acabou o tempo da pastoral de cristandade, massificada, em que toda a gente se dizia cristã.
Vivemos novos tempos que trazem consigo novos desafios…
É o tempo do individualismo em que já não há tempo para estar com o outro, cara a cara, para ouvir, conversar, partilhar. É o tempo da indiferença em que o que importa sou eu, eu e mais eu…
Vive-se a Fé como a “minha fé” e não como a Fé da Igreja em que se foi baptizado. Acredita-se no que dá jeito e critica-se e rejeita-se tudo o que não está de acordo com a nossa maneira de pensar, como se fôssemos donos da verdade e do Tesouro da Fé.
Procuram-se respostas imediatas e racionais para tudo e rejeita-se tudo o que possa estar para lá da nossa capacidade espácio-temporal. Deus, a Igreja e a religião não são precisos para nada ou então fabrica-se um Deus e inventa-se uma igreja e uma religião ao gosto de cada um. E vive-se uma felicidade efémera que desmorona ao primeiro embate.
Iniciamos este ano pastoral com esta realidade que nos desafia. Como ser cristão e ajudar a ser cristão neste ambiente em que vivemos?
Como comunidade cristã, o que vamos fazer para transmitir aos outros que há uma certeza que não se limita ao aqui e agora e que pode ajudar a que a vida seja uma experiência bela e feliz?
Novos tempos, novos desafios…
No biénio pastoral 2018-2020, a nossa Diocese propõe-se a um olhar especial para a pastoral com os jovens. Nada mais oportuno e com a feliz coincidência de a Igreja ir realizar um Sínodo dedicado aos jovens.
Na preparação desse Sínodo, os jovens apresentaram uma reflexão em que criticaram os pais que usam em demasia as redes sociais e «deixam de lado as crianças», e pediu que a Igreja acompanhasse os jovens que fazem o Crisma e ficam “abandonados”. «Depois do Crisma, faltam opções, não há programas de continuação da fé para os jovens, e muitas paróquias não dão apoio aos grupos que vão aparecendo», apontaram.
Afirmaram ainda que os membros da Igreja precisam de intervir na vida dos jovens, que vivem com esperança de um futuro melhor, por muito que os desafios sejam grandes.
Pediram uma nova forma de comunicar a linguagem do Evangelho pois, se os jovens compreenderem a mensagem que a Igreja está a passar, eles aderem a ela. O problema é que muitos não compreendem o que se diz.
O que vamos fazer? Como vamos fazer?
Comunidades em missão, com a certeza de que Ele está connosco. Assim nós queiramos estar com Ele e saibamos construir e responder positivamente à Sua vontade.

Manuel Baptista



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